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voltarCampanha “Essa conta é nossa” cobra controle de gastos públicos
Movimento da Esfera Brasil alerta que o governo gasta mais do que pode
Para cobrar o controle de gastos no Brasil, foi lançada no último sábado (7) a campanha “Essa conta é nossa”.
O movimento da Esfera Brasil tem como objetivo conscientizar o país da importância de equilibrar as contas públicas.
“Tem coisa que não dá para adiar. As contas públicas do Brasil estão no limite. O país gasta mais do que pode e quando o Estado gasta mal, quem paga bem é a sociedade”, comunica o vídeo exposto no Fórum Esfera, realizado no Guarujá.
“Essa conta é de quem governa, de quem legisla, de quem julga, de quem produz e de quem se importa”, acrescenta o manifesto, que foi apresentado no evento pelo presidente do conselho administrativo da Esfera brasil, João Camargo, que também é chairman da CNN Brasil.
Veja a campanha abaixo:
As pautas para equilibrar a saúde das contas públicas incluem a discussão sobre a isenção fiscal, que seria uma revisão nos atuais benefícios tributários concedidos, e a reforma administrativa, um conjunto de medidas para modificar o atual modelo de administração pública do país.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressaltou a importância dos temas.
“Estamos colocando na mesa de discussão um corte nas isenções fiscais que, ao longo do tempo, foram dadas no nosso país. Isenções estas que chegam a um número não mais possível de suportar pelas contas do nosso país e não têm um mínimo de controle da contrapartida que deve ser dada a quem os recebe à nossa sociedade. É uma conta que só aumenta e não tem absolutamente nada de acompanhamento do que está sendo recebido em troca”, afirmou.
Sobre reforma administrativa, o presidente da Câmara afirmou que “dentro dos próximos 40 dias vamos ter uma proposta para apresentar não só a Câmara, mas à sociedade brasileira. Uma proposta que traga as inovações tecnológicas que hoje são usadas por empresas e que podem muito bem ser adaptadas ao nosso poder público", disse o deputado.
"Nós precisamos instituir a meritocracia no serviço público, nós precisamos modernizar. Modernizar para que ao menor custo consiga se entregar serviços de melhor qualidade à nossa população. Essa sem dúvida é a principal missão dessa reforma administrativa que queremos para o Estado brasileiro”.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também compareceu ao evento. Segundo ele, há uma sinalização do Brasil ao mercado de que pode estabilizar sua dívida o diferenciaria de pares e seria decisivo para atração de investimentos.
"É uma boa notícia que temos a disposição do Legislativo e Executivo, junto com o setor privado, de avançar com uma agenda estrutural que possa sinalizar uma sustentabilidade da dívida e das contas públicas", afirmou Galípolo.